Guia Completo sobre Aneurismas Cerebrais: Fatores de Risco, Tratamento e Reabilitação
Por Dr. Marcos Spadoni
Guia Completo sobre Aneurismas Cerebrais: Fatores de Risco, Tratamento e Reabilitação
Introdução
Os aneurismas cerebrais são dilatações em um vaso sanguíneo do cérebro que podem romper-se, causando sangramento grave e potencialmente fatal.
Embora nem todos os aneurismas se rompam, os que o fazem podem resultar em AVC hemorrágico, com altas taxas de mortalidade e sequelas.
Este guia foi criado para oferecer informações detalhadas sobre a incidência, fatores de risco, fisiopatologia e tratamento, além de fornecer orientações sobre a reabilitação para pacientes e suas famílias.
Incidência e Mortalidade dos Aneurismas Cerebrais
Aproximadamente 3% da população mundial tem um aneurisma cerebral não roto e a maioria deles permanece assintomática durante a vida.
No entanto, a taxa de ruptura anual é de cerca de 1% a 2%.
Quando um aneurisma se rompe, o paciente pode sofrer uma hemorragia subaracnoide, que é fatal em cerca de 40% dos casos.
Dos sobreviventes, 66% terão algum grau de incapacidade permanente.
Fatos Rápidos:
- Incidência anual de hemorragia subaracnoide: 6 a 10 casos por 100.000 pessoas.
- Mortalidade em caso de ruptura: 40%.
Sequelas permanentes: 66% dos sobreviventes.

Capítulo 1: Fatores de Risco para Aneurismas Cerebrais
Embora a causa exata dos aneurismas cerebrais não seja completamente compreendida, vários fatores de risco estão associados ao desenvolvimento e à ruptura desses aneurismas.
Principais Fatores de Risco
- Hipertensão arterial: Pressão alta crônica pode enfraquecer as paredes dos vasos sanguíneos, promovendo o surgimento de aneurismas.
- Histórico familiar: Indivíduos com parentes de primeiro grau que tiveram aneurismas têm maior risco de desenvolver a condição.
- Fumo: O tabagismo contribui para a fragilidade das paredes arteriais e aumenta o risco de ruptura.
- Idade e Gênero: Aneurismas são mais comuns em pessoas entre 40 e 60 anos, com prevalência maior entre mulheres.
- Consumo excessivo de álcool: O uso crônico de álcool também está associado ao desenvolvimento de aneurismas.
- Doenças do tecido conjuntivo: Algumas condições genéticas, como a síndrome de Ehlers-Danlos, aumentam o risco de aneurismas.
- Uso de drogas ilícitas: Especialmente cocaína, que pode aumentar drasticamente a pressão arterial e danificar os vasos sanguíneos.
Fatores de Risco para Ruptura
- Aneurismas maiores que 5mm têm maior risco de ruptura.
- Localização em certas áreas do cérebro.
- O aumento súbito da pressão arterial, seja por esforço físico intenso ou estresse.
Capítulo 2: Fisiopatologia do Surgimento e Crescimento do Aneurisma
O desenvolvimento de um aneurisma cerebral ocorre quando a parede de uma artéria sofre um enfraquecimento localizado, levando a uma dilatação.
Ao longo do tempo, a pressão constante do fluxo sanguíneo causa a expansão do aneurisma, aumentando o risco de ruptura.
Fatores que Contribuem para a Formação de Aneurismas:
- Alterações estruturais nas paredes arteriais: O afinamento e enfraquecimento das camadas elásticas da artéria tornam as paredes mais suscetíveis a dilatações.
- Processos inflamatórios: A inflamação crônica nos vasos sanguíneos pode acelerar o desgaste das paredes arteriais.
- Fluxo sanguíneo anormal: Em áreas de bifurcações arteriais, onde o fluxo sanguíneo é turbulento, ocorre maior estresse sobre as paredes arteriais.
Crescimento do Aneurisma
Os aneurismas podem crescer lentamente ao longo dos anos, ou podem permanecer estáveis por longos períodos.
Contudo, o risco de ruptura aumenta à medida que o aneurisma cresce, especialmente em locais onde a parede arterial é mais fina.
Capítulo 3: Apresentação Clínica dos Aneurismas Cerebrais
Muitos aneurismas cerebrais permanecem assintomáticos até o momento de sua ruptura, enquanto outros podem causar sintomas devido ao seu efeito de compressão sobre estruturas cerebrais próximas.
Aneurismas Não Rotos
- Dor de cabeça crônica.
- Visão dupla ou problemas visuais, caso o aneurisma esteja comprimindo nervos ópticos.
- Dor localizada acima e atrás dos olhos.
- Dificuldade de concentração ou perda de memória.
Aneurismas Rotos (Ruptura de Aneurisma – Agudo)
Quando um aneurisma se rompe, acontece uma hemorragia subaracnoide, que é uma emergência médica.
Sintomas de Ruptura:
- Cefaleia súbita e severa: Muitas vezes descrita como “a pior dor de cabeça da vida”.
- Rigidez na nuca.
- Vômitos e náuseas.
- Perda de consciência , coma ou confusão mental.
- Convulsões.
- Fraqueza súbita em um lado do corpo ou paralisia.
Esses sinais requerem atendimento médico imediato para minimizar os danos cerebrais e salvar vidas.
Capítulo 4: Tratamento dos Aneurismas Cerebrais
O tratamento dos aneurismas cerebrais varia de acordo com o tamanho, localização e risco de ruptura.
Existem dois principais tipos de intervenções para aneurismas:
1. Tratamento Conservador
Para aneurismas pequenos e de baixo risco, pode ser indicada apenas a observação com monitoramento regular por exames de imagem, como a angiografia por ressonância magnética.
Medidas de Prevenção Secundária:
- Controle rigoroso da pressão arterial.
- Interrupção do tabagismo e do consumo de álcool.
- Controle de níveis de colesterol e diabetes.
2. Tratamento Cirúrgico
Quando há risco de ruptura ou após um aneurisma ter rompido, o tratamento cirúrgico é necessário. As opções incluem:
Clipagem Cirúrgica
Com cortes, pela craniotomia, um clipe metálico é colocado na base do aneurisma, bloqueando o fluxo sanguíneo e prevenindo o risco de ruptura.
Embolização Endovascular
É um procedimento minimamente invasivo, no qual micromolas de platina são inseridas no aneurisma para preenchê-lo, bloqueando o fluxo de sangue e prevenindo o risco de ruptura.
Outros Tratamentos
- Tratamento de suporte em caso de hemorragia subaracnoide, incluindo controle da pressão intracraniana, medicamentos anticonvulsivantes, e ventilação mecânica, se necessário.
Capítulo 5: Reabilitação e Adaptação às Sequelas
A ruptura de um aneurisma pode deixar sequelas neurológicas permanentes, como dificuldades motoras, cognitivas e comportamentais. A reabilitação é essencial para ajudar os pacientes a recuperar sua independência e qualidade de vida.
Orientações para Pacientes e Familiares
- Fisioterapia: Ajuda na recuperação da força muscular e coordenação, crucial para pacientes com dificuldades motoras.
- Terapia Ocupacional: Envolve estratégias para realizar atividades do dia a dia, como comer, vestir-se e cuidar da higiene pessoal.
- Fonoaudiologia: Para pacientes com dificuldades na fala ou deglutição.
- Apoio Psicológico: O suporte emocional é fundamental, tanto para o paciente quanto para os familiares, já que o impacto psicológico pode ser significativo.
- Modificações no ambiente doméstico: Adaptações na casa, como corrimãos e cadeiras de banho, podem ajudar na segurança e independência do paciente.
Dicas para Cuidadores
- Esteja atento à fadiga e ao estresse do paciente, que pode se cansar rapidamente durante a reabilitação.
- Apoio emocional é essencial. Muitos pacientes lutam com sentimentos de frustração ou depressão devido às mudanças em sua vida.
- Converse com a equipe médica sobre as metas da reabilitação e o que esperar em termos de recuperação.

Capítulo 6: Conclusão
Conclusão
Os aneurismas cerebrais, embora muitas vezes silenciosos, podem ter consequências devastadoras quando rompem.
Felizmente, com o avanço dos tratamentos e o diagnóstico precoce, as chances de sucesso no tratamento e recuperação têm aumentado.
A embolização com uso de stents tem baixa taxa de complicaçoes e pode prevenir a ruptura.
A reabilitação e o suporte familiar são componentes essenciais para a adaptação à vida após um aneurisma, permitindo ao paciente recuperar o máximo de sua funcionalidade.
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Dr Marcos Spadoni CRM 10.473 | RQE 8914 neurocirurgião em Goiânia, especialista no tratamento de AVC, aneurismas cerebrais e doenças neurológicas em geral.
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